sábado, 20 de agosto de 2011


Sinceramente...


     Assim se traduz o nosso amor: em palavras simples, 
singelas, profundas em sentimentos e intenções...

     Sinceramente...

     Com o valor da sinceridade, nossa relação se consolida e se eterniza, 
em cada gesto, em cada olhar, em cada aperto de mão, em cada convite ao ato amoroso...

     Sinceramente...
     Somos corpo e alma a se fundirem em uma mescla de magia e volúpia, alheios a tudo o que se passa em volta,
fusão de tempo, passado com futuro, eterno presente...

     Sinceramente!...
     Te quero.... e como te quero!!  
...sinceramente..











sábado, 13 de agosto de 2011


  Segredo .

sua_poesia


Segredo da solidão
Um Grande tesão
Loucuras da Paixão
Coisas da Razão
São palavras somente
Mas com grande significado
Deixando-me contente
E às vezes doente
Ao querer ficar do seu lado
Coisas que acontecem
Tenho certeza não ser errado
Pois os outros nos esquecem
E às vezes emudecem
Mesmo do nosso lado
Creio em mais de uma verdade
Mesmo não havendo razão
Digo com sinceridade
Quero você beldade
E te dar o meu tesão
Teu cheiro irá me embriagar
Pois falastes do teu perfume
Quero ele no meu corpo a espalhar
Ao nosso suor se misturar
e gritarei em alto volume
Deixe seu receio de lado
Não tenha medo de gritar
Goze e me deixe encabulado
Ficarei mais amado
Se contigo eu gozar
São palavras fortes minha querida?
Não do ponto que quis passar.
Pois é muito curta essa vida
De se arrepender sem dar a partida.
Isso é deixar de sonhar.
Não quero que se iluda
Que tenha sonhos de utopia
Por Victoria Cunha .



 Meu Anjo .


Perdoe-me Anjo,
te carreguei comigo no escuro,
te contaminei com meus pesadelos,
esqueci da sua presença lhe juro.
Obrigado Anjo,
enquanto tentava me ajudar,
me escondi nos erros,
e sem ti não conseguiria voltar.
E agora Anjo?
Qual é meu caminho?
Saio na chuva,
ou queimo ao Sol sozinho?
Eu sei Anjo,
você não consegue me ajudar.
Devo seguir a estrada por mim,
devo prosseguir com acertos e erros,
devo novamente tentar,
farei isso,
conto contigo nesse caminhar.

Por : Vih cardoso



  Alcova .

Dei ordem,
Venha!
é agora
- vem conhecer.
Arrepio,
medo,
tremura
loucura,
- Querer.
Toc toc,
a porta,
é hora
- de abrir.
Perfume,
veneno.
Seu corpo
tua alma
- possuir.
Entra,
emudecida,
lentamente
- a me ver.
Olhos
nos olhos,
aos poucos,
dois loucos
- de prazer.
Roupas?
Arrancadas,
atiradas
- pelo chão.
Sobraram
murmúrios,
lascivos.
ativos
- de tesão.
O tempo
parou,
esperando
nossa vontade.
E nós
entregues,
completos,
sedentos
cumplicidade.
Em êxtase,
suados,
de veneno
- contaminados.
Repetimos,
com fome,
sem pressa,
sem promessa
- calados.
Silêncio,
momento,
completo,
- realizados.
Inesquecível,
nossa pele,
nosso cheiro
por inteiro
- saciados.

Por : Vih cardoso

 A Tela 
Rabiscos e riscos,
permeiam a tela,
são cores,
são dores,
são rostos,
é o passado presente
na mente.
Rabiscos e riscos,
escorrem na tela,
misturas de cores,
sabores,
perfumes
de flores.
Rabiscos e riscos,
brilham na tela,
nasce o sol,
tinta amarela,
montanhas,
estranhas
retratam
os seios dela.
Rabiscos e riscos,
brotam na tela,
são plantas,
sementes,
são vivas,
e vivem
contentes.
Rabiscos e riscos,
poesia na tela,
fragmentos,
d’álma,
é arte,
de cima,
transformada
em rimas.
Rabiscos e riscos,
estampados na tela,
idéias do mundo,
do fundo,
escondidas,
segredos.
São sonhos,
são medos.


Por :victoria

 O reflexo do Balde .


Um balde em meio ao nada,
no seu fundo reflete o mundo,
reflete a vida de quem olha,
enche-se de lágrimas de quem chora.
Um balde na roda está,
um por vês se olha e se vê,
uns tristes, outros sei lá,
alguns se reconhecem,
outros se entristecem ao se ver.
Era um balde somente,
um balde velho abandonado,
uma água turva em seu fundo,
que refletia o mundo,
era somente reflexo,
que nos fazia sonhar,
por vezes lembranças
que sentíamos ao nos olhar.
Um balde,
somente um balde qualquer,
faça um teste à luz do sol,
tente se olhar e se encontrar,
olhe-se no reflexo,
e tente não chorar.
É somente reflexo que vais ver,
tente ver se conhece quem está a se refletir,
veja se conseguiu o que queria,
e se consegues ao se olhar um sorrir.

Por :Vih Cardoso

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Improvável Invisibilidade


Tinha vontade de tornar-me invisível, como nas histórias em quadrinho. Quando o mundo parecia girar ao contrário, simplesmente desejava desaparecer e nada mais existiria. Até que você provou-me o improvável. Suas mãos sobre meus olhos faziam com que minha visão nada enxergasse. Seus braços devolviam-me a proteção que o mundo arrancou-me. Sua voz sussurrava-me que não era preciso estar invisível para que o mundo desaparecesse.
Como vocês já devem saber, sou uma garota de fases, em um momento estou viciada em algo e logo apaixono-me por outro. O vicio da vez são as garotas japonesas. Tem dias que fico a tarde inteira pesquisando sobre assuntos que me interessam, e, dessa vez o assunto escolhido foi a maneira de vestir-se e comportar-se dessas beldades. Elas são extremamente ousadas e fazem de qualquer apetrecho simples um grande destaque no look.



Aquele, que é o meu mais simples sentimento, tambem é meu sentimento mais profundo, que ecoa, desde o principio até a eternidade, ampliando-se com os toques de seus olhares singelos e cativantes, me fazendo ter fé na caminhada ao longo deste verdadeiro amor.




E um dia, aconteceu. Você se olhou no espelho e lá estava ela. Não, não era nenhuma capivara. Era uma mulher. Você. Segura, sedutora, responsável, sentindo que sabe todas as respostas certas - nunca saberemos se estavam erradas. Guerreira, batalhadora, pronta para enfrentar situações difíceis e vencer.
E o mundo a espera. Ele chama por você. Não tenha medo.
Em outro momento é doce, meiga, carinhosa, e aí os homens morrerão por você. Nesse momento você vai querer colo, proteção e atenção. E terá, desde que saiba pedir.
Essas são algumas faces do camaleão que nós somos quando nos tornamos adultas.
Jogo de cintura é fundamental para levar essas fases em harmonia pela vida afora. As mudanças de humor serão constantes e devem ser controladas. A pior coisa que pode acontecer a uma mulher é tornar-se uma pessoa mal-humorada e sem brilho. Assim ela também vai tornar-se infeliz.
Depois de tantas coisas que vinvenciei - nem foram tantas assim - aprendi que devo dar maior importancia às coisas boas e minimizar os problemas, afinal o mundo não acaba por causa deles.
Procuro seguir exemplos de grandes mulheres do passado e do presente, e se olhar ao seu redor, vai encontrar muitas delas. Procure sem preconceito e pode descobrir que aquela vizinha, que você considera uma chata, tem uma linda história de vida, cheia de batalhas gloriosas e exemplos a serem seguidos. E quem diria, você nunca percebeu.
Siga sempre os bons líderes, aqueles que você admira por algum aspecto da personalidade. Procure ser uma líder bacana quando chegar a sua vez. Lidere com o coração e a razão, sempre juntos. A melhor forma de conduzir as coisas é comandar com sabedoria.
E, finalmente, preste atenção aos pequenos detalhes. São eles que fazem a diferença. Procure fazer o melhor, em cada tarefa a que se propõe. Dê importancia às pequenas coisas da vida. Elas compõem a nossa felicidade. Seja feliz todos os dias. A felicidade não marca hora nem lugar para aparecer. Não desperdice os pequenos momentos, pois é neles que ela pode estar.




sexta-feira, 22 de julho de 2011


Ontem foi um dia superfeliz, tirando a parte em que eu me matei de estudar. Me refiro às horas que passei conversando com a Tüppÿ, a menina mais fofa do universo (não, não é exagero...). Ela é a outra única pessoa que faz Bacharelado Bilíngue aqui, está sempre com roupas vintage, tem um cabelo ruivo que todo mundo acha que é natural, de tão bem que fica nela (mas shhh, não conta pra ninguém que ela pinta as madeixas!) e é suuuper engraçada.

Há um tempo atrás, eu tinha pedido para ela criar um apelido legal pra mim, porque todos aqui têm alguma alcunha genial e as pessoas só me chamam de Ju (apelido mega divertido, hein...). Ela pensou, pensou, pensou e o máximo que conseguimos foi "Ju-sem-apelido". 

Pois bem. Devido a uma longa história que nem é tão longa mas que eu tô com preguiça de contar aqui, eu chamo ela de pai, logo, ela me chama de filha. Quando vai me chamar pelo meu nome, no entanto, ela sempre se confunde e me chama de Fernanda, porque acha, por algum motivo, que eu tenho cara de Fernanda. A Paula, outra amiga nossa que estava lá no momento, concordou e disse que ia me chamar de Ferds (ou isso foi a Tüppÿ mesmo, não lembro...).

Alguns minutos depois, entramos numa loja que vendia marshmallows e doces Wonka, porque a Paula estava com vontade de comer UM marshmallow. Só que ela acabou se empolgando e comprou coisinhas para mim e para a Tüppÿ também. Escolhi aquelas balinhas de amora, que a Paula cismou que eram morangos: "Pega um moranguinho" "Pega mais um moranguinho" "Essa é a sua última chance de pegar um moranguinho". E aí ela decidiu que ia me chamar de moranguinho.

Mesmo sem querer, elas criaram o nome do meu heterônimo feliz: Ferds Moranguinho. Eu sei, é ridículo, mas é tão feliz... Para começar a diferenciar mais os meus heterônimos nos posts, começarei a assinar os textos com a parte de mim responsável por cada pensamento.


Independência?


Desde nova, como a maioria das crianças entrando na pré adolescência eu pensava algo semelhante à: “Com 18 anos vou entrar na faculdade, vou me mudar, vou morar sozinha, talvez eu divida o apartamento com minha melhor amiga, vou arrumar um emprego e vai ser tudo lindo.”

Fiz 18 anos e nada (digo NA-DA) disso aconteceu, comemorei meus 18 entre amigos, na casa que fui criada por meus pais, e lá permaneci. O emprego, deixei pra depois já que a faculdade por si só andava ocupando demais minha cabecinha. Segui assim, até que minha mãe no auge de sua criatividade, ou insanidade melhor dizendo, resolveu que mudaríamos todos. Pai, mãe cachorros e irmãos. Mal sabia eu, pobre e inocente que isso era apenas um Plano, plano esse que ainda não descobri o fundamento.

Me deparei ha mais ou menos uma semana, morando sozinha. Na verdade com meu irmão, mas este sendo mais novo, dá na mesma que sozinha. Nos primeiros dias meu simples apartamento se resumia em: três camas (uma para caso minha mãe ou pai resolvessem dormir aqui), um pacote de Doritos, duas Ruffles, um pacote de biscoito recheado, uma barra de chocolate pela metade, e uma coca-cola (quente).

A geladeira chegou três dias depois, quando minha mãe mandou uma remessa de móveis para a casa, nessa remessa ela, muito generosa, ainda mandou várias comidas por ela preparadas, congeladas. Continuei na mesma, já que não havia fogão muito menos microondas. Me sentiria no século XIX, se não fosse pelo supermercado em frente, ou pelos self-services próximos.

Outro dia tive de ir ao supermercado, pois no desespero de limpar a casa, descobri que além de não ter uma bucha para no mínimo lavar a louça, eu não possuía uma pá de lixo para varrer a casa. Sem contar nos produtos de limpeza, que alguns dos que minha mãe havia trazido, cerca de 40% eu não sabia em que, nem como usar.

Minha conta de telefone ainda não chegou, mas meu medo aumenta a cada dia, por saber que ele é meu único meio de contato com pais, amigos e namorado. Por conta da saudade já imensa da minha mãe, a chance da conta ultrapassar os 3 ou 4 dígitos tem aumentado muito, pois conversas banais durante o dia tem sido normais e quase interruptas.

Meu namorado adquiriu novas qualidades e características com minha mudança, ele anda pensando seriamente em um emprego como carregador, ou faxineiro pras horas vagas, e devo garantir que ele está bem treinado. Além de novas experiências profissionais para seu currículo, ele ainda adquiriu uma nova vizinha.

Não sei de que esse meu relato pode servir para alguém, você pode estar sentado diante do computador rindo dessa pessoa aqui, que deve ter emagrecido uns dois quilos em uma semana. Pode estar se questionando como alguém é louco de fazer algo assim. Ou pode repensar, em cada vez que chegar em casa e seu almoço estiver pronto e quentinho te esperando, pode pensar em como é bom ter um banheiro limpo sem ter tido que limpá-lo, pode começar a até mesmo dar mais valor no boa noite que seus pais te dão ao ir dormir.

Eu estou à exatos 27 km e 234 metros da minha casa de verdade, esse trajeto tem sido percorrido por mim, quase todos os dias, mesmo com a mudança, e por enquanto, não pretendo parar de fazê-lo.

Parei pra pensar.


Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.